João Paulo II

João Paulo II

Nascimento: 18/05/1920 em Wadovice, Polônia

Karol Józef Wojtyla, mais conhecido como João Paulo II, nasceu na pequena cidade de Wadovice, na Polônia, próxima a Cracóvia. Ele era o mais novo de três filhos de Karol e Emilia Wojtyla. Desde jovem, demonstrou interesse por esportes, chegando a jogar futebol como goleiro em jogos disputados entre as comunidades católica e judaica da localidade, muitas vezes jogando no time da comunidade judaica. 

Em 1938, sua família se mudou para Cracóvia, onde ele se matriculou na Universidade Jaguelônica. Foi nessa época que seu talento para línguas floresceu, e ele aprendeu 12 idiomas diferentes. Com a invasão alemã em 1939, a universidade foi fechada e todos os homens aptos foram obrigados a trabalhar. Karol trabalhou em diversos empregos, incluindo num restaurante, numa mina de calcário e numa empresa química. Após a morte de seu pai em 1941, começou a considerar a ideia de seguir o sacerdócio, e em 1942 iniciou aulas no seminário clandestino comandado pelo arcebispo de Cracóvia, Adam Stephan Sapieha.

Em 17/01/1945, com a fuga dos alemães da cidade, os estudantes puderam retornar ao seminário. Segundo a organização judaica B'nai B'rith, durante esse período Karol ajudou a proteger diversos judeus poloneses dos nazistas. Ele foi ordenado padre em 01/11/1946, e foi estudar teologia em Roma na Pontifícia Universidade São Tomás de Aquino, formando-se em 1949 e recebendo o título de Doutor em Filosofia em 1954.

Em 1958, foi elevado à posição de bispo-auxiliar de Cracóvia e, em 28 de setembro do mesmo ano, tornou-se, aos 38 anos, o mais jovem bispo da Polônia. Como bispo, participou do Concílio Vaticano II em 1962, contribuindo com o histórico "Decreto sobre a Liberdade Religiosa".

Eleito Papa em outubro de 1978, adotou o nome de João Paulo II. Em 13/05/1981, sofreu um atentado na Praça de São Pedro, sobrevivendo aos tiros do turco Ali Agca, militante do grupo fascista Lobos Cinzentos. Apesar de ser membro do movimento conservador Opus Dei, seu papado foi marcado pela aproximação da Igreja Católica com outras religiões, incluindo pedidos formais de desculpas pelos excessos cometidos no passado pela instituição, inclusive aos muçulmanos mortos pelos cruzados. Teve um papel fundamental na queda do comunismo na Polônia e em todo o Leste Europeu, sendo um dos líderes que mais viajaram na história, visitando 129 países, incluindo duas vezes o Brasil.

Faleceu em 02/04/2005, aos 84 anos, já bastante debilitado pelo mal de Parkinson. Seu velório contou com a presença de chefes de Estado e líderes de diversas religiões, às quais ele sempre pregou aproximação e tolerância. Foi beatificado em 01/05/2011.

Material produzido por Félix Eduardo Bischoff