Francisco "Pancho" Villa (José Doroteo Arango Arámbula)

Francisco "Pancho" Villa (José Doroteo Arango Arámbula)

Nascimento: 5 de junho de 1878 – San Juan del Río, Durango, México
Falecimento: 23 de julho de 1923 – Parral, Chihuahua, México

José Doroteo Arango Arámbula, mais conhecido como Francisco "Pancho" Villa, foi uma das figuras mais emblemáticas da Revolução Mexicana. Nascido em Durango, trabalhou como camponês até os 16 anos, quando, segundo relatos, matou um fazendeiro que havia atacado sua irmã. Para escapar da justiça, fugiu e teria se alistado no Exército Mexicano.

Em 1910, já como líder revolucionário, apoiou Francisco Madero na luta contra a ditadura de Porfirio Díaz. Sua vitória na Batalha de Ciudad Juárez forçou a fuga de Díaz e marcou a conquista da revolução em 25 de maio de 1911. No entanto, Madero foi deposto pelo general Victoriano Huerta, que desconfiava de Villa e o mandou para a prisão. Villa conseguiu fugir para os Estados Unidos.

Com a deposição e assassinato de Madero em 1913, Villa retornou ao México e uniu forças com Venustiano Carranza e Álvaro Obregón para combater Huerta, que se exilou em 1915. No entanto, as disputas entre Villa, Carranza e Obregón levaram a uma nova fase da revolução. Na Batalha de Celaya, Villa sofreu uma derrota devastadora, perdendo mais de 14 mil homens.

Em resposta ao apoio dos EUA ao governo de Carranza, Villa iniciou ataques contra norte-americanos. Em 1916, atacou Columbus, no Novo México, o que levou o presidente Woodrow Wilson a ordenar uma expedição punitiva liderada pelo general John J. Pershing. Apesar da superioridade militar americana, Villa utilizou sua experiência e o terreno acidentado da Sierra Madre para escapar. A expedição foi encerrada em 1917, sem capturá-lo.

Com a queda de Carranza em 1920, Villa abandonou o combate e assinou os Convênios de Sabinas, rendendo-se em troca da fazenda de Canutillo, em Durango. A partir de então, passou a administrar suas terras e recuperar tesouros escondidos durante a revolução.

Temendo que ele voltasse a pegar em armas, o governo de Obregón supostamente conspirou contra Villa. Em 23 de julho de 1923, ele foi assassinado em uma emboscada em Parral, Chihuahua, sendo atingido por 47 tiros enquanto dirigia sua caminhonete.

Seu legado permanece vivo como símbolo de resistência e justiça social no México.

Material produzido por Félix Eduardo Bischoff