Guglielmo Giovanni Maria Marconi

Guglielmo Giovanni Maria Marconi

Nascimento: 25/04/1874, Bolonha, Itália

Nascido na nobreza italiana, no Palácio Marescalchi, Guglielmo Giovanni Maria Marconi foi o segundo filho de Giuseppe Marconi, um proprietário de terras aristocrático, e Annie Jameson, neta do fundador da destilaria de uísque Jameson & Sons. Entre os 2 e 6 anos, ele morou com sua mãe na cidade inglesa de Bedford. Embora tenha frequentado a escola quando criança, Marconi não prosseguiu no ensino formal, aprendendo química e física em casa com uma série de professores particulares. Quando a família se mudou de Bolonha para o clima mais quente de Florença, foram contratados tutores adicionais para ele. 

De volta a Bolonha, aos 18 anos, Marconi conheceu Augusto Righi, da Universidade de Bolonha, que havia pesquisado a obra de Heinrich Hertz. Righi permitiu que Marconi assistisse a palestras na universidade e utilizasse o laboratório e a biblioteca. Desde jovem, Marconi se interessava por ciência e eletricidade, e no início da década de 1890, começou a trabalhar na ideia de um telégrafo sem fio, um conceito explorado por vários inventores, mas sem sucesso técnico ou comercial até então.

Aos 20 anos, Marconi começou a realizar experimentos com ondas de rádio, construindo grande parte de seu próprio equipamento no sótão de sua casa, com a ajuda de seu mordomo Mignani. Por sugestão de Righi, começou a usar um coerer, um detector antigo que mudava de resistência quando exposto a ondas de rádio. No verão de 1894, ele construiu um alarme de tempestade composto de uma bateria, um coerer e uma campainha elétrica, que disparava ao captar as ondas de rádio geradas por um raio. Em dezembro do mesmo ano, demonstrou para sua mãe um transmissor e um receptor de rádio. Apoiado por seu pai, Marconi continuou a ler literatura científica e a incorporar ideias de físicos que estavam experimentando com ondas de rádio.

Ele desenvolveu transmissores portáteis e sistemas receptores que podiam funcionar a longas distâncias, transformando um experimento de laboratório em um sistema de comunicação útil. Em 1895, descobriu que um alcance muito maior podia ser alcançado elevando a altura de sua antena e aterrando seu transmissor e receptor. Com essas melhorias, foi capaz de transmitir sinais sobre morros e até 3,2 km de distância. Marconi escreveu ao Ministério dos Correios e Telégrafos, explicando sua máquina e pedindo financiamento, mas nunca obteve resposta.

Em 1896, aos 21 anos, partiu para Londres acompanhado de sua mãe, em busca de apoio para seu trabalho. Logo após chegar a Dover, ganhou o apoio de William Preece, engenheiro-chefe do Correio Geral. Em 2 de julho, solicitou a patente para seu invento e, ainda em 1896, fez a primeira demonstração de seu invento ao governo britânico. Em 13/05/1897, enviou a primeira comunicação sem fio em mar aberto. Nesse ano, começou a receber atenção internacional e realizou testes em seu país para o governo italiano.

No outono de 1899, partiu para os EUA a convite do jornal New York Herald para cobrir as corridas internacionais de iates America's Cup. Retornou à Inglaterra em 1899 e, em 15 de novembro, o São Paulo tornou-se o primeiro transatlântico a relatar seu retorno por wireless, sendo contatado a 66 milhas náuticas da costa inglesa. Na virada do século 20, Marconi começou a investigar um meio de sinalizar através do Atlântico, competindo com os cabos telegráficos. Em 12/12/1901, conseguiu estabelecer uma comunicação entre a Cornualha, na Inglaterra, e Newfoundland, no Canadá. Em 17/12/1902, sua transmissão a partir da Nova Scotia foi a primeira a cruzar o Atlântico Norte a partir da América. Marconi começou a construir estações de alta potência em ambos os lados do Atlântico.

Em 1914, foi nomeado Senador na Itália e Cavaleiro Honorário da Grã-Cruz da Ordem Real Vitoriana no Reino Unido. Em 1929, foi feito Marquês pelo Rei Vítor Emanuel III.

Guglielmo Marconi faleceu em 20/07/1937, após sofrer seu nono e fatal ataque cardíaco, em Roma, deixando um enorme legado para a humanidade.

Material produzido por Félix Eduardo Bischoff