Vlad Tepes – Vlad III
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Vlad Tepes – Vlad III
Nascido em 7 de dezembro de 1431, em Sighisoara, Transilvânia (atual Romênia), Vlad Tepes foi o segundo filho de Vlad II. Desde a infância, recebeu o treinamento típico da nobreza europeia. Em 1442, junto com seu irmão mais novo, Radu, foi enviado como refém ao Império Otomano por seu pai, como garantia de lealdade.
Em 1447, seu pai e seu irmão mais velho, Mircea, foram assassinados após a invasão da Valáquia pelo regente da Hungria, João Corvino. Vlad foi mantido em cativeiro pelos otomanos entre 1463 e 1475, sendo libertado a pedido de Estêvão III da Moldávia. Pouco depois, lutou contra os otomanos na Bósnia em 1476.
Vlad assumiu pela primeira vez o trono da Valáquia em 1448, com apoio otomano, mas foi rapidamente forçado a abandoná-lo por pressão de João Corvino, refugiando-se na Moldávia por três anos. Após o assassinato de Bodano II, fugiu para a Transilvânia, buscando proteção de Corvino, seu antigo inimigo, que passou a apoiá-lo como candidato da Hungria ao trono da Valáquia.
Em 1456, enquanto João Corvino morria durante uma campanha contra os turcos na Sérvia, Vlad aproveitou para invadir a Valáquia, derrotar Vladislau II e reassumir o trono. Durante esse período, consolidou seu poder, mas também cometeu muitas das atrocidades pelas quais ficou conhecido, incluindo o empalamento de inimigos. Sua ferocidade e habilidade como guerreiro o tornaram um adversário temido.
Em 1462, os turcos o forçaram a fugir novamente para a Transilvânia. Relatos sugerem que, nesse período, sua primeira esposa teria cometido suicídio, lançando-se de uma torre do castelo ao Rio Argeș. Vlad, por sua vez, buscou refúgio com Matias Corvino, rei da Hungria, mas acabou preso por 12 anos. Com o tempo, recuperou a confiança da monarquia húngara, chegando a casar-se com uma membro da família real, possivelmente a irmã de Matias.
Em 1476, aliado a Estêvão Bátory, Vlad reconquistou o trono da Valáquia. Contudo, não teve tempo de consolidar sua posição antes de enfrentar uma nova invasão otomana. Apesar de suas táticas de guerra, que incluíam o uso do terror, como campos de empalados e até estratégias primitivas de guerra biológica com a disseminação da Peste Negra, Vlad foi derrotado e morto em batalha perto de Bucareste, em 14 de dezembro de 1476.
Há relatos de que ele foi traído por burgueses valáquios desleais no momento em que estava prestes a vencer os turcos. Após sua morte, os otomanos decapitaram seu corpo, enviando sua cabeça a Constantinopla, onde foi exibida em uma estaca como troféu.
Material produzido por Félix Eduardo Bischoff