Konstantin Eduardovich Tsiolkovski
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Konstantin Eduardovitch Tsiolkovski
Nascimento: 17 de setembro de 1857, em Izhevskoye, atual distrito de Spassky, na óblast de Riazan, oeste da Rússia.
Tsiolkovski nasceu em uma família de classe média polonesa. Durante a infância, sofreu uma infecção de escarlatina que comprometeu sua audição, impedindo-o de frequentar escolas primárias. Por isso, foi educado em casa até os 16 anos. Apesar de quase surdo, trabalhou como professor de matemática no ensino secundário até sua aposentadoria em 1920.
Tsiolkovski estabeleceu as bases para diversos aspectos da propulsão de foguetes e viagens espaciais, sendo considerado o "pai do voo espacial humano". Ele foi também o primeiro a conceber a ideia do elevador espacial, inspirado pela recém-construída Torre Eiffel após uma visita a Paris em 1895.
Defensor da colonização espacial como meio de aperfeiçoar a humanidade, Tsiolkovski foi um dos principais representantes do Cosmismo, um movimento filosófico russo do início do século XX. Esse movimento combinava elementos religiosos e éticos com a exploração da história e da filosofia da origem, evolução e futuro do universo e da humanidade.
Sua obra literária mais notável foi "A Exploração do Espaço Cósmico por Meio de Dispositivos de Reação", publicada em 1903. Esse trabalho é considerado o primeiro estudo acadêmico sobre foguetes. Ele foi o pioneiro a calcular a velocidade de escape da Terra (8 km/s) e demonstrou que, para alcançá-la, seria necessário um foguete de múltiplos estágios usando oxigênio líquido e hidrogênio líquido como propelentes. Ao longo de sua vida, publicou mais de 500 obras relacionadas à exploração espacial e outros temas, incluindo histórias de ficção científica. Entre seus projetos, destacam-se esquemas de foguetes de múltiplos estágios, estações espaciais e sistemas biológicos de ciclo fechado para sustentar colônias no espaço.
Suas contribuições influenciaram cientistas de foguetes na Europa e nos Estados Unidos, especialmente durante as décadas de 1950 e 1960, quando buscavam entender os avanços iniciais da União Soviética na exploração espacial.
Falecimento: 19 de setembro de 1935, em Kaluga, URSS (hoje Rússia), aos 78 anos. Recebeu honras de Estado em seu funeral. Seu legado é celebrado no Museu de Astronáutica de Kaluga, e uma cratera no lado oculto da Lua foi batizada em sua homenagem.
Material produzido por Félix Eduardo Bischoff