Domingo Faustino Sarmiento

Domingo Faustino Sarmiento

Nascimento: 15 de fevereiro de 1811, San Juan, Argentina

Domingo Faustino Sarmiento nasceu em uma família humilde de San Juan, capital da província homônima, localizada a oeste da Argentina, próxima à Cordilheira dos Andes. Foi o único dos quinze filhos de José Clemente Quiroga Sarmiento y Funes e Paula Zoila de Albarracín e Irrázabal a sobreviver até a idade adulta. Desde cedo, demonstrou interesse pelos estudos, sendo alfabetizado por seu tio, José Eufrasio Quiroga Sarmiento, aos quatro anos. Em 1816, aos cinco, ingressou na escola primária "La Escuela de la Patria", onde se destacou como o "Primeiro Cidadão" da instituição.

Após concluir a educação primária, Sarmiento foi enviado a Córdoba com a intenção de se tornar padre. No entanto, rapidamente perdeu o interesse pela vida religiosa e escolar, envolvendo-se com grupos de jovens turbulentos. Em 1821, seu pai tentou novamente direcioná-lo ao caminho religioso, matriculando-o no Seminário de Loreto, mas Sarmiento acabou voltando para casa.

Em 1827, forçado a deixar sua residência devido às atividades militares de seu tio, José de Oro, Sarmiento mudou-se para San Francisco del Monte, na província vizinha de San Luis, onde continuou sua educação sob a tutela do tio. No mesmo ano, retornou com o pai para San Juan.

Devido à instabilidade política na Argentina, Sarmiento não conseguiu estudar em Buenos Aires. Durante a guerra civil que assolava sua província, ele se alistou para combater Facundo Quiroga, líder caudilho que invadiu San Juan. Após ser colocado em prisão domiciliar, foi libertado e se uniu às forças do General Paz. Contudo, com a derrota de Paz, Sarmiento fugiu para o Chile em 1831, onde começou a lecionar e escrever artigos políticos. Lá, fundou sua própria escola após divergências políticas e teve uma filha, Ana Faustina, que ele só reconheceu após o casamento.

Em 1836, retornou a San Juan gravemente doente. Recuperado, fundou o jornal antifederalista "El Zonda". Em 1837, uniu-se ao movimento político conhecido como "Geração de 1837", que defendia o republicanismo, o livre comércio e a liberdade de expressão.

Em 1840, Sarmiento foi preso por conspiração e forçado ao exílio novamente no Chile. Entre 1845 e 1847, viajou em nome do governo chileno para diversos países. De volta à Argentina, em 1856, foi eleito vereador em Buenos Aires e, em 1857, senador. Em 1861, tornou-se governador de San Juan e, em 1863, liderou forças contra o caudilho Bartolomé Mitre.

Eleito presidente da Argentina em 1868, apesar das manobras políticas de Mitre, Sarmiento governou até 1874, promovendo a modernização do país, especialmente em infraestrutura, sistemas postais e ferroviários, além de ser um grande defensor da educação. Seu governo, no entanto, foi marcado pela Guerra do Paraguai e por um surto de febre amarela, o que afetou sua popularidade.

Em 1875, foi nomeado Diretor Geral de Escolas da província de Buenos Aires, cargo que ocupou até 1879. Sarmiento faleceu em Assunção, Paraguai, em 11 de setembro de 1888, aos 77 anos, vítima de um ataque cardíaco. Ele estava acompanhado de sua companheira Aurélia Vélez e de sua filha Ana.

Material produzido por Félix Eduardo Bischoff