Camilo Cienfuegos Gorriarán
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Camilo Cienfuegos Gorriarán
Nascimento: 6 de fevereiro de 1932, La Víbora, Havana — Cuba
Camilo Cienfuegos nasceu em uma família humilde de imigrantes espanhóis, sendo o filho mais novo. Concluiu a educação básica e, com o sonho de se tornar escultor, ingressou na escola anexa de San Alejandro em outubro de 1949. No entanto, precisou abandonar os estudos após três meses para começar a trabalhar. Seu primeiro emprego foi no setor de limpeza da loja de roupas El Arte, onde seu pai também trabalhava como alfaiate. Camilo ajudava o pai em serviços de alfaiataria.
Em 5 de abril de 1953, em busca de melhores oportunidades, Camilo viajou para os Estados Unidos. Lá, trabalhou em vários lugares e se envolveu com a comunidade de emigrantes latino-americanos, participando de manifestações e escrevendo artigos críticos ao regime de Fulgêncio Batista para o jornal *La Voz de Cuba*. Em 1955, foi preso pelo departamento de imigração dos EUA e deportado para o México, onde permaneceu detido por 39 dias. Durante esse tempo, se manteve informado sobre a luta revolucionária liderada por Fidel Castro.
Ainda em 1955, foi deportado para Cuba, onde testemunhou o crescente movimento estudantil contra Batista. Camilo se casou com a salvadorenha Isabel Bladón e, influenciado por seu pai e seu irmão Osmany, participou de várias manifestações. Em uma delas, foi ferido na perna, e, em 1956, foi preso durante um protesto em homenagem ao herói nacional José Martí. Em 25 de junho de 1956, retornou aos EUA e logo depois se uniu ao Movimento 26 de Julho, liderado por Fidel Castro, que já planejava uma nova invasão a Cuba.
Em 2 de dezembro de 1956, desembarcou em Cuba com os revolucionários a bordo do navio Granma. Na Sierra Maestra, devido à sua coragem e habilidade militar, tornou-se capitão, liderando a vanguarda da coluna comandada por Ernesto Che Guevara. Após o triunfo da revolução, Camilo assumiu importantes cargos no exército. Em 5 de janeiro de 1959, foi nomeado chefe das forças armadas da província de Havana e, em 20 de janeiro do mesmo ano, tornou-se chefe do Estado-Maior do Exército Rebelde.
Camilo Cienfuegos participou ativamente das decisões governamentais, tanto no conselho de ministros quanto na Direção Nacional do Movimento Revolucionário. Dedicou-se à reorganização das lideranças militares, à alfabetização dos soldados, à reforma agrária e à transformação de quartéis em escolas.
Em 28 de outubro de 1959, às 18h01, embarcou em um avião Cessna ao lado do piloto Luciano Fariñas e do soldado Félix Rodríguez. A aeronave desapareceu em circunstâncias nunca esclarecidas. Nenhum vestígio dos destroços ou dos corpos dos ocupantes foi encontrado, e seu desaparecimento permanece um mistério.
Material produzido por Félix Eduardo Bischoff