Martin Afonso Tibiriçá

Martin Afonso Tibiriçá

A data e o local de nascimento de Martin Afonso Tibiriçá são desconhecidos, mas seu nome em tupi significa "vigilante em terra" ou "sentinela da serra", embora haja divergências entre os tupinólogos, alguns sugerindo a interpretação de "olhos nas nádegas". Especula-se que tenha nascido no século XV, por volta de 1440, e tenha falecido no que hoje é conhecido como a cidade de São Paulo. Ele foi um importante líder indígena da nação Tupi.

Tibiriçá teve vários filhos com a índia Potira, incluindo Ítalo, Ará, Pirijá, Aratá, Toruí e Bartira, que se tornou esposa de João Ramalho, um aventureiro e explorador português que chegou ao Brasil em 1515 e conviveu com os índios tupiniquins.

O líder indígena foi o primeiro a ser catequizado pelo padre José de Anchieta e foi convertido e batizado pelos jesuítas José de Anchieta e Leonardo Nunes.

Em 1554, Tibiriçá acompanhou Manuel da Nóbrega e Anchieta na fundação de São Paulo, adotando o nome cristão de Martin Afonso. Estabeleceu-se na área onde hoje está localizado o Mosteiro de São Bento, distribuindo seus índios pelos arredores. A Rua São Bento, atualmente, leva o nome de seu batismo.

Graças à sua influência, os jesuítas puderam agrupar as primeiras cabanas dos novos cristãos nas proximidades do colégio.

Em 09/06/1562, durante o Cerco de Piratininga, Tibiriçá, empunhando uma bandeira e uma espada de pau, bravamente repeliu o ataque à Vila de São Paulo, liderado pelos índios tupis, guaianás e carijós, chefiados por seu sobrinho Jagoaranho, filho de Piquerobi. Durante o combate, ele matou seu irmão Piquerobi e o sobrinho Jagoaranho.

Tibiriçá faleceu em 25/12/1562, vítima de uma peste que assolou a aldeia, como registrado por José de Anchieta em sua carta enviada ao padre Diogo Laínes. Seus restos mortais estão na cripta da Catedral da Sé em São Paulo.

Em 1580, sua neta Suzana Dias fundou uma fazenda às margens do Rio Tietê, chamada pelos indígenas de "Parnaíba", que hoje é a cidade de Santana de Parnaíba.

Material produzido por Félix Eduardo Bischoff