Jean Moulin

Jean Moulin

Nascido em 26/06/1899 em Béziers, departamento de Herault, Aquitânia, França.

Alistou-se no exército, mas nunca chegou a enfrentar o campo de batalha durante a Primeira Guerra Mundial. Após o término da guerra, retomou seus estudos de Direito, interrompidos devido ao alistamento. Em 1926, tornou-se o vice-prefeito mais jovem da França e, em 1937, o prefeito mais jovem de Aveyron, na região dos médios Pirineus. Em 1939, foi novamente eleito prefeito, desta vez em Chatres, na região de Ile de France.

Enfrentando um dilema ético durante a ocupação nazista na França, recusou-se a assinar um documento que acusava as tropas francesas das colônias, especialmente as de cor, de cometerem atrocidades. Sua recusa resultou na destituição de suas funções pelo governo colaboracionista de Vichy, seguida por prisão, tortura e uma tentativa de suicídio. Decidiu atuar clandestinamente, fundando o jornal Combat para disseminar ideias de resistência ao nazismo.

Em 1941, partiu para Londres, onde se encontrou com Charles De Gaulle para estruturar e organizar o movimento de resistência, sendo designado por De Gaulle como chefe da resistência. Com o aumento da intensidade dos movimentos, retornou à Inglaterra, sendo eleito presidente do Conselho Nacional da Resistência.

Retornando a Lyon, uma cidade escolhida pelos seus esconderijos e construções medievais, tornou-se o centro da resistência. Em 1943, a Gestapo enviou Klaus Barbie, sinistramente conhecido como o "açougueiro de Lyon". Em 21/06/1943, devido a uma suposta traição, a Gestapo descobriu o local onde os líderes da resistência, incluindo Moulin, estavam reunidos. Após 17 dias de tortura, Moulin permaneceu em silêncio. Transferido para Paris, continuou a ser torturado e faleceu em Metz, aos 44 anos, em 08/07/1943, devido aos ferimentos a bordo de um trem com destino à Alemanha.

Em 1964, recebeu homenagens do governo francês, presidido por Charles De Gaulle. Apesar de seu corpo nunca ter sido encontrado, Moulin repousa no Panteão de Paris.

Material produzido por Félix Eduardo Bischoff