David Livingstone

David Livingstone

Nascimento: 19/03/1813 em Blantyre, Escócia, Reino Unido.

David Livingstone nasceu na pacata cidade de Blantyre, na Escócia, filho de um modesto comerciante de chá. Desde os dez anos, viu-se obrigado a dedicar longas horas diárias ao trabalho, equilibrando-se entre a máquina de enrolar fios e os estudos de gramática latina, que secretamente devorava para além da vigilância de seu contramestre.

Ao término de sua jornada, por volta das 8 da noite, ele dirigia-se à escola noturna. Em 1836, decidido a seguir a medicina, matriculou-se na Universidade de Glasgow. Dois anos depois, em resposta a uma extensa carta enviada à Sociedade Missionária de Londres, recebeu o convite para participar de um curso sobre suas atividades missionárias.

Em novembro de 1840, Livingstone conquistou seu diploma de médico, o mesmo ano em que sua partida para a China foi cancelada devido à Guerra do Ópio. No ano seguinte, contudo, ele partiu para o sul da África. Desembarcando na Cidade do Cabo, ele começou a trabalhar em um posto avançado da Sociedade Missionária em Kuruman, na Bechuanalândia. Dali, aventurou-se para terras desconhecidas em missões que abrangiam desde a instalação de postos médicos até a exploração científica, mapeamento da região, percurso de rios e estabelecimento de centros de pregação religiosa para os nativos.

Em 1845, Livingstone uniu-se em matrimônio com Mary Moffat, filha de um colega missionário, nascida na África e atuante como enfermeira, cozinheira e professora. Fascinado pela missão de levar o cristianismo a novos povos e libertá-los da escravidão, ele dedicou-se a aprender os idiomas locais para facilitar os contatos.

Em 1852, sua esposa e dois filhos adoentados foram enviados à Inglaterra, enquanto David permaneceu no continente africano. Seu novo objetivo era explorar do extremo norte do deserto de Kalahari até o oceano, abrindo caminho para estabelecer missões. Durante a travessia do Kalahari, chegou ao rio Zabeze e, em 1855, tornou-se o primeiro europeu a avistar a catarata que batizou de Vitória. Posteriormente, atravessou toda a África meridional.

Em 1856, de volta à Inglaterra, Livingstone foi homenageado pela rainha Vitória, nomeado cônsul britânico para a costa oriental da África e realizou palestras de grande audiência, defendendo a ideia de que a combinação de comércio e cristianismo poderia levar a "civilização" às áreas remotas do continente africano.

Em 1858, retornou à África em uma expedição que enfrentou desafios na navegação do rio Zambeze, mas resultou na descoberta do lago Niasa e de uma rota para o interior. Após a perda de Mary em 1862, dedicou-se ainda mais ao trabalho, embarcando em 1866 em uma expedição para localizar as nascentes dos rios Nilo, Congo e Zambeze. Durante essa expedição, em 1871, conheceu Henri Morton Stanley no Congo e juntos exploraram o Lago Tanganica.

Apesar dos apelos de Stanley para que retornasse devido à sua saúde debilitada, Livingstone partiu em 1872 para uma nova exploração. Devido às chuvas, perdeu-se na região do Lago Bangueolo, alcançando por fim a povoação de Ilala.

Sua vida de exploração e desbravamento, no entanto, chegou ao fim no povoado de Old Chitambo, na atual Zâmbia, em 01/05/1873, aos 60 anos. Seus órgãos internos e coração foram sepultados à sombra de uma árvore, enquanto seu corpo embalsamado foi enviado à Abadia de Westminster, em Londres.

Ver todas moedas

Ver todas cédulas

Material produzido por Félix Eduardo Bischoff